Presidente do PT/MA demonstra insatisfação com grupo Sarney

O presidente do PT no Maranhão, Raimundo Monteiro, depois de o partido que comanda no Estado ser preterido na formação do secretariado para o quarto governo de Roseana Sarney (PMDB), perdendo a Educação e ficando apenas com as inexpressivas pastas de Assuntos Institucionais e Economia Solidária, parece arrependido de ter levado a legenda a apoiar a filha do senador José Sarney para o governo.



Durante uma conversa com o blogueiro Samuel Barroso ocorrida na farmácia Extrafarma do bairro do Cohatrac, em São Luís, narrada por este em seu twitter, Monteiro dá mostras claras de que a relação do PT com o PMDB no Estado anda arranhada. “Todo dia recebemos um chute na canela do Sarney. Ele quer indicar até os porteiros. Por isso temos que fortalecer o PT”, relatou o ex-presidente do Incra.

No diálogo que manteve com o blogueiro colinense, Monteiro afirma que o PT foi decisivo para a vitória de Roseana e mostra-se, nas entrelinhas, arrependido de não ter apoiado o deputado federal Flávio Dino – o qual classificou como “extraordinário companheiro”- em uma aliança com o PCdoB, conforme deliberado no Encontro Estadual do PT.

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, com o apoio do presidente Lula atendendo a um pedido do senador José Sarney, anulou o encontro que aprovou a aliança com o deputado Flávio Dino e decidiu que a sigla devia coligar-se com o PMDB de Roseana.

“O encontro do PT foi legal e Flávio ganhou, mas em virtude do projeto nacional o PT iria de qualquer forma se aliar ao PMDB via intervenção. Demos a vitória a Roseana. E isso tem que ficar claro na hora de medir forças. Se estivéssemos com Flávio ele levaria”, lembrou Monteiro.

Monteiro chega até a revelar o constrangimento que passou entre os companheiros de partido na defesa da tese de aliança com o PMDB. “Foi constrangedor o primeiro discurso defendendo Roseana, mas depois fui me soltando”, contou.

É Monteiro, mas agora é tarde, não tem mais volta. Por falta de aviso não foi. Veja o diálogo narrado por Samuel em seu twitter.

blog do jhon cutrin