Agentes da PC frustram rebelião e fuga de presos na Delegacia Regional


Não fosse a perspicácia dos agentes da Polícia Civil, que se encontravam em serviço, uma rebelião com fuga de preso em massa poderia ter ocorrido na manhã dessa quarta-feira (23) na Delegacia Regional de Imperatriz.

Um dos agentes observou uma grande movimentação na cela 2, onde estavam sete detentos, e acionou os demais policiais, que levaram o problema ao conhecimento do delegado regional, Francisco de Assis Ramos. Este, por sua vez, determinou imediatamente uma revista nas três celas.

Atualmente, cerca de 25 presos de Justiça se encontram em três das sete celas da Delegacia Regional de Imperatriz. Em uma cela, tem 10 detentos, em outra 8 e numa terceira há 7 detentos, todos amontoados em pouco espaço.

Depois da revista feita, os policiais encontraram nas celas duas serras, dois celulares, uma faca tipo rambo, uma lâmina artesanal, uma chave de fenda e um pedaço de cano PVC, que foi usado para embalar as duas serras.

Segundo o delegado Assis Ramos, a faca seria usada para render um dos policiais que fazem a vigilância. Com o policial rendido e os demais sem poder fazer nada, seria iniciada a rebelião com os presos tomando a regional e fugindo em massa.

Cela 2 - Toda essa situação foi registrada na cela 2, onde se encontravam, no momento, dez detentos, entre eles Antonio Erasmo Dias dos Santos, que está preso acusado de tráfico de droga, e Michel Fernando Mendes, acusado de tentativa de assalto. Segundo o delegado regional Assis Ramos, seriam os mentores do movimento. Os dois estão sendo investigados e, se comprovada a acusação, serão transferidos para outra delegacia.

Antonio Erasmo está esperando remoção para a Comarca de Porto Velho, onde tem mandado de prisão por tráfico de droga. Em função de ele estar liderando rebelião e fuga, sua remoção pode até ser abreviada. "O planejamento deles era, no fim de semana, pegar um policial de refém e fazerem uma fuga em massa, mas não estava descartada também a possibilidade de eles realizarem uma rebelião, tendo em vista que há vários presos misturados uns aos outros que respondem por estupro e sabemos que as vítimas, em rebeliões, são exatamente esses presos", revelou o delegado.

Em função do problema, as visitas foram temporariamente suspensas.


fonte/o progresso