Monstro de Pinheiro é decapitado em rebelião. Em três meses foram 24 presos mortos com 7 decapitações.



Tentativa fuga originou um sangrento motim na carceragem do 2° DP da Delegacia Regional de Pinheiro, na madrugada de segunda para terça-feira. Durante 15 horas, os 97 presos promoveram verdadeiros atos de selvageria. Seis foram mortos. Desses, quatro foram decapitados. Algumas cabeças foram arremessadas para fora das celas e outras penduradas, no início da manhã.

A rebelião em Pinheiro relembra o pesadelo vivido em Pedrinhas, quando 18 detentos foram mortos, em 9 de novembro do ano passado. Em três meses, rebeliões no estado mataram 24 presos, sendo que sete foram decapitados. A rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinha durou 30 horas, a de Pinheiro, 15 horas. Somando as duas são 45 horas de pânico, selvageria e violência. O que mais chama a atenção é que as mortes não foram em confronto com a polícia, e sim a violência dos próprios detentos, responsáveis por todos os homicídios nos motins.

“Monstro de Pinheiro”

Entre os mortos desta terça estava José Agostinho Bispo, de 55 anos. Ele foi condenado a 60 anos de reclusão por manter em cárcere privado a filha e gerar oito filhos/netos com ela. A decapitação de Agostinho revela o critério de escolha dos rebelados. Todos os mortos eram estupradores ou pedófilos.

Além de Agostinho, foram assassinados:

- Alexsandro de Jesus Costa Pereira

- José Ivaldo Brito

- Jorge Luís de Sousa Moraes

- Raimundo Nonato Soares Mendes

- Paulo Sérgio Cunha Pavão

Exigências

A maior exigência dos detentos nas duas rebeliões foi a superlotação e as condições do cárcere. Um exemplo é o 2º DP de Pinheiro, onde estourou a rebelião desta terça. A capacidade do local é de 28 presos, mas 97 eram mantidos lá.

Os presos também desejam cumprir as penas nas cidades de origens. A rebelião de Pedrinhas teve início por um conflito entre os presos da capital e do interior. Presídios regionalizados estão providenciados, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), para resolver a situação.

fonte:oimparcialonline