Doenças agravam situação de afetados


A Superintendência de Vigilância Sanitária, Ambiental e Epidemiológica do Estado, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievf), está desenvolvendo ações preventivas nos municípios afetados pela enchente no Maranhão. Na madrugada de ontem, duas equipes formadas por enfermeiros e bioquímicos se deslocaram até os municípios de Bacabal, Trizidela do Vale e Pedreiras onde vão passar três ou mais dias executando ações de monitoramento da real situação dos desabrigados e desalojados da enchente e ainda diagnosticando casos de diarreia, doenças respiratórias, hepatite A e das outras viroses oriundas da chuva.

Segundo informações do Cievf, a enchente no interior do estado é ainda um caso preocupante, principalmente, no quesito saúde. Atualmente, já foram registrados 12 casos de doenças respiratórias em Bacabal, como também diarreia; três em Trizidela do Vale e oito em Bacabal e ainda quatro casos de dermatite – doenças de pele – e por último, seis casos de hepatite A em Pedreiras e um caso, em Bacabal.

A médica Jaqueline Rios falou que a ida da equipe de vigilância a essas área da enchente é de suma importância para que não venha haver uma pandemia de doenças como gripe, diarreia, hepatite de A e doenças de pele, principalmente, quando as águas dos rios estiverem baixando. “As nossas equipes levaram medicamentos, inclusive, vacinas e ainda vão orientar a população quanto ao correto armazenamento dos alimentos perecíveis e não perecíveis, orientações sobre o uso adequado e limpeza dos filtros que estão sendo distribuídos para a população”, disse.

Ele ainda falou que a Coordenadoria de Vigilância Sanitária do estado com sede em São Luís está elaborando planejamento estratégico para combater os males da enchente e até mesmo há equipe de plantão nos finais de semana.

Medo de leptospirose

A médica infectologista Rosângela Cipriano alerta os desabrigados e desalojados da enchente. Segundo a médica, algumas doenças são facilmente transmitidas pela chuva como a leptospirose, gripe, malária, micoses, hepatite A e a cólera. Porque é no período das cheias que a água da chuva se mistura com os esgotos chegando algumas vezes se misturar também com a água potável e isso é gravíssimo.

De acordo com a infectologista, a leptospirose é uma das piores. A doença é infecciosa febril, aguda causada por uma bactéria a Leptospira interrogans. É justamente uma doença de animais que ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões polares e nos seres humanos podem ocorrer em todas as idades e em ambos os sexos. Na maioria dos casos, a doença tem evolução benigna.

Ela ainda chamou atenção quanto os casos de hepatite A. Esta doença ataca o fígado e pode variar de gravidade, indo de moderada durante poucas semanas a severa por vários meses. Geralmente contraída quando a pessoa ingere material fecal de pessoa infectada, mesmo em quantidade microscópicas, a partir de objetos, alimentos ou bebidas. “A leptospirose e a hepatite A são as mais preocupantes, mas, devemos tomar cuidados com as outras, tais, a diarreia, gripe e dermatites”, alertou a médica.


fonte/o imirante