Temporal causou estragos em Imperatriz


A pesada chuva que caiu sobre a cidade por toda a noite do último sábado (12) vem comprovar que, por mais que a prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sinfra), se esforce, não tem como realizar as obras estruturais nas ruas e avenidas que a comunidade tanto deseja. Muito embora algumas pessoas critiquem, alguns vereadores cobrem através de projetos de indicação e requerimentos, a recuperação de ruas, principalmente dos bairros, até mesmo os neófitos compreendem que qualquer trabalho que a prefeitura venha realizar na área de infraestrutura corre o risco de não ser concretizada. Para as pessoas que têm noção das causas ambientais, toda piçarra necessária para a base de uma pavimentação que seja colocada numa rua será inevitavelmente arrastada para os leitos dos vários riachos que cortam a cidade. Entre estes, o Cacau, Bacuri, Capivara, Santa Teresa e Riacho do Meio, além de outros menores. “Tentar jogar piçarra, ou qualquer outro material nesse sentido, na tentativa de recuperar ruas e avenidas, é cometer um crime ambiental”, afirma José Carlos Silva, ao relembrar que a cidade de Imperatriz foi situada numa região de imensas lagoas, “daí a razão dos constantes alagamentos após as chuvas”. Não obstante a efetiva coleta de lixo por toda a cidade, a chuva do último sábado começou justamente na hora em que os caminhões coletores começavam sua jornada. Desta forma, a maioria absoluta do lixo que estava ensacado nas calçadas à espera dos coletores foi arrastada pela corrente d´água que se formou nas ruas e avenidas. Houve transtorno tanto no centro como nos bairros periféricos da cidade. No centro, as regiões mais afetadas foram da Rua Amazonas, na confluência com a Avenida Dorgival Pinheiro; na Godofredo Viana, nas proximidades da Uema, na Rua Benedito Leite, na área do Hospital Municipal, e na Avenida Getúlio Vargas, e na confluência da Rua Dom Pedro II, no bairro União. Nos bairros da periferia, notadamente nas margens dos riachos Bacuri e Capivara, o caos foi total. Os riachos transbordaram, fazendo com que as forças das águas alagassem casas residenciais e comerciais localizadas em suas margens. A previsão da meteorologia é de que as chuvas continuarão a cair continuamente neste mês de março. Precaução - Numa demonstração clara de zelar pelo dinheiro público, o prefeito Sebastião Madeira preferiu reter nas contas da prefeitura recursos destinados à execução de obras de pavimentação de ruas e avenidas, para serem aplicados no momento propício, ou seja, com a chegada do período do verão. De acordo com Madeira, as obras de recuperação e pavimentação de ruas começarão pelos bairros periféricos, nas artérias de maior movimentação. Fonte: O Progresso