Na contramão do sentimento geral de extroversão e folia pelas ruas, há aqueles que aproveitam o período carnavalesco para primar pela introspecção, pelo silêncio, pelo desenvolvimento espiritual. São os que buscam – em uma palavra – um “retiro”, a exemplo dos protestantes batistas que, desde sexta-feira (4), estão reunidos no Acampamento Batista do Araçagy (ABA).Na manhã de ontem, enquanto foliões descansavam para um dos dias mais intensos do carnaval maranhense, evangélicos de quatro igrejas assistiam a orientações em grupos de interesse, participavam de momentos de louvor e, entre uma atividade e outra, descansavam ou brincavam no ABA, já que ali havia grande número de crianças. Manoel Gomes, vice-presidente da Igreja Batista Cinquentenária (Maiobão), principal igreja de que derivaram as outras três ali concentradas, chama a atenção para a grande procura por parte de não evangélicos pelos retiros. “É crescente o número de pessoas que nem são de nossa igreja”, afirma.Segundo ele, a busca se justifica por uma mudança de percepção do que sejam as igrejas evangélicas e seus retiros por parte da população em geral. “Muitas pessoas evangélicas acabam trazendo parentes que não são. Às vezes se tem uma imagem deturpada dos evangélicos. Quando chegam aqui e conhecem de fato, muitos até passam a fazer parte da igreja, tornam-se evangélicos”, explica Manoel Gomes.Luciana Moura, 34 anos, diz que o sentido do retiro religioso torna-se mais evidente em períodos como o do carnaval, em que é maior o contraste entre o que se busca junto à igreja e o que se encontra pelas ruas. “Como o próprio nome ‘retiro’ diz, ele é um refúgio. Não é que eu não goste do tumulto do carnaval. Eu não gosto é de qualquer tipo de tumulto. O retiro é uma forma de passar alguns dias com minha família longe desse ambiente”
fonte/ o imparcial
Há os que buscam paz de espirito em pleno carnaval
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